Há um mundo de possibilidades no que poderia se classificar como Mobile Marketing ou “publicidade móvel”, ou seja, aquela que é capaz de impactar o consumidor invadindo – de preferência com elegância – os aparelhos eletrônicos que todos carregam para cima e para baixo. Não só os celulares, mas principalmente eles. No Brasil, segundo os dados mais recentes da Anatel, os telefones móveis já somam 130 milhões.
A busca por soluções que casem propaganda com mobilidade e abram novas oportunidades de negócios movimenta seminários, debates e eventos nos últimos meses, tanto aqui quanto no exterior e quem assiste diz: “Agora vai”.
Tudo o que já se ensaiou começa a virar ferramenta efetiva com uso prático, até porque os avanços, como a terceira geração (3G) nos celulares – que permite acesso rápido à internet -, criam condições para tal. Alain Riviere, diretor de Regulamentação e Estratégia da operadora de telefonia Oi, disse recentemente que os celulares 3G já somam 10 milhões de aparelhos no Brasil, embora a maioria dos consumidores nem sequer saiba que têm.
Está cada vez mais claro que o faturamento com a transmissão de dados vai superar muito rapidamente o que as operadoras ganham com o trânsito de voz, e que isso, evidentemente, vai ampliar o universo de parcerias e serviços no segmento. Como conseqüência, imagina ele, haverá reflexos na forma como se aplicam as verbas publicitárias.
Um ponto com o qual concordam todos os publicitários é que a propaganda em celular, ou qualquer outro aparelho móvel, deve obedecer o princípio básico da aceitação por parte do consumidor. “É de fundamental importância para o sucesso de uma campanha Mobile que o consumidor tenha o desejo de receber e interagir com a campanha, não se sentindo invadido” diz Bruno Aurélio, um dos responsáveis pelo Mobile Marketing da iDealMobile. “Interessante criar ações que ofereçam algum valor agregado, como descontos e games.”
Existe ampla difusão de recursos que permitem que os jogos possam ser baixados pelo computador para o celular e sejam jogados em qualquer lugar. Esse tipo de oferta vem sempre acompanhado do patrocínio de alguma marca. No exterior, é um mercado crescente. Lá também já está difundida a propaganda que chega ao celular no exato momento em que seu proprietário transita em um determinado endereço, com o anúncio de que nas redondezas há um restaurante, ou um cabeleireiro que talvez lhe interesse.
Outra ação simples, que requer apenas a disponibilidade de bluetooth – o que, segundo pesquisa divulgada na semana passada pela Nielsen, 43% dos celulares no Brasil possuem – , é a possibilidade de se baixar notícias, músicas, games, vídeos por meio do recurso de sincronização, gerando o que chamamos de “Bluetooth Marketing” ou Marketing de Proximidade. Basta o dono do celular parar diante de algum access point, telão ou outdoor que faça transmissões e permitir o download, “Lembrando que na maioria dos casos, para um melhor resultado da ação, recomendamos sempre uma ação offline, convidando os consumidores a ativarem o Bluetooth e baixarem o conteúdo oferecido” finaliza Bruno.
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